Você sabia que duas grandes nações foram contrárias ao assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU? Durante o período em que a Organização das Nações Unidas estava sendo criada, após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi cogitado como possível membro permanente do Conselho de Segurança. Essa cogitação ocorreu em meio a um contexto histórico e geopolítico complexo, que envolvia a reconstrução do mundo pós-guerra e a busca por uma ordem global mais equilibrada.
O presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, expressou apoio à inclusão do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança. Essa sugestão estava fundamentada, em grande parte, na participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na guerra ao lado dos Aliados.
Além da contribuição militar, o Brasil também era visto como uma nação em ascensão e com potencial para desempenhar um papel significativo nos assuntos internacionais. Com uma economia em crescimento e recursos naturais abundantes, o país despertava interesse e expectativas em relação ao seu papel como ator global.
No entanto, apesar do apoio de Roosevelt, a sugestão de incluir o Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança não avançou devido a resistências apresentadas por outras potências, como o Reino Unido e a União Soviética. Esses países tinham suas próprias agendas e interesses na configuração do Conselho de Segurança, buscando garantir sua influência e equilibrar as forças globais de acordo com suas perspectivas geopolíticas.
Embora o Brasil tenha sido cogitado como possível membro permanente do Conselho de Segurança, essa proposta não foi adiante devido às complexidades políticas e às disputas de poder entre as grandes potências da época. No entanto, esse episódio reflete o reconhecimento internacional do potencial do Brasil como ator global e o papel desempenhado pelo país na Segunda Guerra Mundial.