Putin recentemente emitiu um decreto classificando como “ilegais” todas as transações de venda de propriedades e territórios realizadas pela Rússia durante o período imperial. Essas áreas podem ser consideradas “ocupadas por forças estrangeiras”. Nesse ponto, vale lembrar que o único território vendido pela Rússia Imperial foi o Alasca para os EUA. Não que isso se configure como um ataque direto, ou será que é?! De qualquer forma, aqui está um breve relato histórico.
Em 1867, os Estados Unidos adquiriram o Alasca da Rússia por $7,2 milhões. Naquele momento, a Rússia enfrentava desafios na governança da região e via a venda como uma forma de evitar potenciais conflitos com o Reino Unido na área. Por sua vez, os Estados Unidos perceberam a compra como uma oportunidade estratégica e econômica, considerando que o Alasca acabou revelando-se rico em recursos naturais.
O Czar Alexandre II optou por vender o território ao Estados Unidos e designou seu embaixador, o barão Edouard de Stoeckl, para iniciar negociações com o Secretário de Estado William H. Seward, seu amigo, no início de março de 1867.
Naquela época, a aquisição foi considerada absurda, sendo chamada de “a loucura de Seward”, a “geleira de Seward” e “o jardim de ursos polares de Andrew Johnson”. Gastar uma quantia significativa por uma região tão remota era visto como temerário.
O Dia de Seward, que celebra a compra do Alasca pelos Estados Unidos, é dedicado à homenagem a William H. Seward e é um feriado no Alasca, celebrado na última segunda-feira de março.
* As imagens abaixo são do decreto do governo Russo (original e traduzido), o cheque utilizado pelo governo dos Estados Unidos para a compra do Alasca e a foto do Czar russo Alexandre II.
Fontes:
Compra do Alasca – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Por que a compra do Alasca pelos EUA foi um dos melhores negócios da história – BBC News Brasil